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Crianças com e sem deficiência se beneficiam de brincadeiras inclusivas na Educação Infantil

Meninos brincam sobre o tapete mágico, em que é possível misturar tintas conforme se movimentam, formando novos desenhos e combinações por baixo do plástico
Foto: Fundação Volkswagen


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O brincar, o aprender e o conhecer andam juntos. Ato natural e aprendizagem cultural ao mesmo tempo, o brincar é essencial na vida das crianças e deve ser prioridade diária em uma concepção inclusiva de educação. Independentemente de suas condições físicas, sensoriais, intelectuais ou sociais, as crianças precisam brincar, e as unidades de Educação Infantil são lugares onde elas podem dar vazão à criatividade e à imaginação. Mas, para que isso aconteça, os professores precisam incentivar a autonomia e garantir espaço, tempo e materiais para a brincadeira. A gestão escolar é responsável por apoiar as iniciativas dos docentes e por envolver toda a equipe e as famílias no processo educativo.

Com o propósito de aprimorar as práticas inclusivas nas Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs) de São Paulo, a Fundação Volkswagen criou o Projeto Brincar, para formar gestores, professores e demais educadores. Durante dois anos, consultores da OSCIP Mais Diferenças trabalharam em conjunto com profissionais da rede pública para buscar, pensar, criar, experimentar e consolidar atividades pedagógicas que garantem o brincar para todos – crianças com e sem deficiência.

Em todo o Brasil, são vários os desafios que se apresentam para os educadores. O principal deles é como colocar em prática nas salas de aula – em geral com turmas numerosas e que seguem uma rotina –, ideias inovadoras ou até bem simples, mas que valorizam os saberes, respeitam o tempo e os interesses das crianças.

“É possível potencializar tanto o aprender quanto o brincar por meio de contextos culturais planejados, construídos com espaços, materiais e interações que enriquecem e permitem escolhas e o protagonismo da criança, além de profissionais bem formados.”

Tizuko Morchida Kishimoto, professora e pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e consultora acadêmica do Projeto Brincar.

Utilizar materiais acessíveis, mudar a disposição da sala e estimular a expressão por meio da arte foram apenas algumas das propostas da formação do Projeto Brincar. Quer um exemplo? Mesas viradas de ponta-cabeça tiveram sua base envolta em filme plástico. Com tintas e pincéis, algumas crianças pintavam no material transparente do lado de fora; outras, sentadas sobre o tampo invertido, na parte de dentro, encostavam o rosto no plástico para que seus colegas desenhassem contornos ou criassem livremente sobre os relevos da face.


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Diferentes linguagens, como artes visuais, teatro, corpo e movimento, cinema, audiovisual, fotografia, livro, literatura e letramento, foram abordadas nos encontros de formação. Depois, aconteceram práticas nas unidades escolares, em acompanhamentos contínuos, que possibilitaram aos educadores exercitar novas formas de brincar e abrir seu leque de atividades. O objetivo da experimentação conjunta, no dia a dia da Educação Infantil, foi uma mudança sensível de olhar. A ideia era deixar de lado atividades diferenciadas e adaptadas para as crianças com deficiência e planejar brincadeiras diversificadas, propondo novas formas de interação e incluindo toda a turma.

98% dos participantes acreditam que o Projeto Brincar trouxe contribuições para o desenvolvimento de alunos com e sem deficiência

Fonte: avaliação de 2017 do Projeto Brincar

Menino com síndrome de Down brinca, dança e canta junto com a colega. Na rotina escolar, as diferenças são acolhidas e aceitas pelas crianças.


Os principais conceitos abordados na formação e muitos exemplos de práticas do Projeto Brincar podem ser consultados pelos educadores de todo o país na publicação Caderno Brincar – Volume 2, iniciativa da Fundação Volkswagen em parceria com Nova Escola. Brincadeiras e inclusão podem também transformar e aprimorar o cotidiano de sua escola, para isso entenda quais são as temáticas mais relevantes para leitura e imersão – tratadas em capítulos ilustrados com fotos das Escolas Municipais de Educação Infantil. Veja como: 

  • Ressaltar aimportância do brincar no currículo.
  • Montar oficinas para aproximar as famílias.
  • Reorganizar os espaços e o tempo.
  • Estimular interações e descobertas. 
  • Oferecer linguagens e sensações para as crianças.
  • Registrar e refletir sobre a prática pedagógica.

Completam a publicação entrevistas com Tizuko Morchida Kishimoto, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e estudiosa do brincar, das pedagogias e das culturas da infância, e Gabriel de Andrade Junqueira Filho, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), defensor da ideia de protagonismo compartilhado entre as crianças e os educadores. Um material essencial para a consulta de diretores, coordenadores e professores.

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